Júlia Ventura 1975-1983, inaugura a 17 de maio na Culturgest

Fotografia Júlia Ventura / Convite Culturgest

Com curadoria de Bruno Marchand, inaugura no próximo dia 17 pelas 22 horas, na Culturgest, Júlia Ventura 1975-1983, uma revisitação aos primeiros anos de produção artística de Júlia Ventura. Diz a informação da exposição que “nesta exposição faremos um mergulho nos primeiros anos de produção de Júlia Ventura, precisamente o período em que esses objetivos e essa natureza conceptual se definem. Aí descobriremos, não só o arrojo dos seus trabalhos iniciais, mas também o modo como a sua gramática se consolidou e se transformou no motor criativo que continua a produzir algumas das propostas mais contundentes sobre as problemáticas de género e representação“.

Formada em pintura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa desde há muito usa a fotografia para se questionar sobre questões de autorepresentação. São sintomáticas as imagens que vimos na década de oitenta no CCB propositadamente fora de foco e com isso questionando essa mesma mesma representação. Emília Tavares, há uns anos escrevia que “a sua obra elabora alguns dos mais importantes questionamentos históricos e ontológicos pós-modernistas sobre a representacção fotográfica e, particularmente, a autorrepresentacção. Utilizando principalmente a fotografia nas suas potencialidades de representacção e reprodutibilidade, e mais recentemente o vídeo e a pintura, explora o léxico dos estereótipos sexuais e imagéticos que rodeiam a representacção feminina, influentes no decorrer do próprio discurso artístico e fotográfico“.

Voltando à informação da exposição, é-nos lembrado que “o seu trabalho constitui uma das mais poderosas reflexões que o contexto artístico nacional conheceu sobre as questões da identidade e sobre o papel que a imagem contemporânea nelas desempenha“.

Esta entrada foi publicada em Notícias. ligação permanente.